A pandemia de Covid-19 trouxe à tona a fragilidade dos sistemas globais, expondo a interconexão entre saúde humana e ambiental.
Em meio a desafios sem precedentes, a natureza se revela uma fonte inesgotável de soluções integradas, e a amamentação emerge como um exemplo notável.
Longe de ser apenas um ato de nutrição, o aleitamento materno exclusivo se apresenta como uma estratégia de saúde pública com impactos ambientais positivos, oferecendo proteção imunológica aos bebês e contribuindo para a redução do desperdício e da degradação ambiental.
Em um contexto global marcado pela incerteza e pela busca por soluções eficazes contra o Coronavírus, a amamentação se destaca como um escudo protetor para os recém-nascidos.
A amamentação transcende a mera nutrição infantil. Ela representa um investimento estratégico na saúde pública, na sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento social. Ao promover e apoiar a amamentação, construímos um futuro mais resiliente e equitativo para as próximas gerações.
A amamentação como aliada no combate ao vírus da Covid-19
Diante dos desafios impostos pela pandemia e pela crise climática, a amamentação se apresenta como uma estratégia de saúde pública e sustentabilidade.
Ao promover o aleitamento materno exclusivo, os governos e as instituições de saúde investem na saúde das futuras gerações e na proteção do meio ambiente.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), liderada pela pediatra Maria Elisabeth Moreira, o leite humano é uma fonte rica em anticorpos neutralizantes, contra o vírus da COVID-19.
A pesquisa revelou que mães que amamentam exclusivamente seus bebês apresentam uma concentração significativamente maior de anticorpos no leite em comparação com aquelas que não o fazem.
Maria Elisabeth Moreira, em citação direta, ressalta: “Os resultados representam um importante avanço no entendimento da imunidade passiva transferida por meio da amamentação e reforçam a recomendação dessa prática de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida”.
O Ministério da Saúde tem como meta que, até 2030, 70% dos bebês de até 6 meses recebam aleitamento materno exclusivo.
Essa meta ambiciosa reflete o reconhecimento da importância da amamentação para a saúde infantil e para o desenvolvimento sustentável do país.
Como preparar o ambiente para a amamentação correta

- Crie um espaço tranquilo e confortável, com uma cadeira confortável e apoio para os braços.
- Tenha por perto água, lanches saudáveis e tudo o que você possa precisar.
- Reduza as distrações, como televisão e celular.
Os benefícios da amamentação exclusiva no fortalecimento da imunidade dos bebês contra a Covid-19:
- O leite materno contém anticorpos que protegem o bebê contra a Covid-19 e outras infecções.
- A amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida é fundamental para garantir a máxima proteção do bebê.
- As mães devem se vacinar contra a Covid-19 para aumentar a concentração de anticorpos no leite materno.
Dicas para a higienização correta contra o vírus na hora de amamentar
Orienta-se que as mães lavem as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, especialmente antes de amamentar, após usar o banheiro, trocar fraldas e tocar em superfícies potencialmente contaminadas ou ambientes públicos.
A higiene e proteção na amamentação são cuidados essenciais para a saúde do bebê, mesmo após o ápice da pandemia ter ficado no passado, ainda existem casos de apresentação dos sintomas do vírus da Covid-19 no ano de 2025 então segue algumas dicas de como evitar a transmissão do vírus para os bebês:
- O uso de álcool em gel 70% é recomendado quando a lavagem com água e sabão não for possível.
- A higiene das mãos e o uso de máscara durante a amamentação são medidas cruciais para proteger a saúde do seu bebê.
- Ao lavar as mãos frequência, a mãe reduz significativamente o risco de contaminar o bebê durante a amamentação.
- Mães vacinadas contra a Covid-19 produzem anticorpos que são transferidos para o bebê através do leite materno.
- Esses anticorpos ajudam a proteger o bebê contra a infecção pelo vírus nos primeiros meses de vida, quando o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento.
A amamentação exclusiva, combinada com a vacinação materna, é uma poderosa ferramenta para proteger os bebês contra a Covid-19 e fortalecer sua saúde geral
Entenda a ligação entre a amamentação e o planeta terra

A amamentação exclusiva diminui a necessidade de fórmulas infantis, que exigem produção industrial, embalagens e transporte, gerando um impacto ambiental significativo.
Menos fórmulas significam menos consumo de recursos naturais, menos emissão de gases de efeito estufa e menos descarte de resíduos. A amamentação dispensa o uso de mamadeiras e outros utensílios, reduzindo a produção de lixo plástico.
A produção de leite materno é um processo natural e eficiente, que não exige o uso de recursos como água e energia em grande escala, ao contrário da produção de fórmulas.
O leite materno é uma fonte rica de anticorpos e nutrientes que fortalecem o sistema imunológico dos bebês, protegendo-os contra diversas doenças, incluindo a Covid-19.
A pandemia de Covid-19 evidenciou a fragilidade dos sistemas globais e a necessidade de soluções integradas que considerem a saúde humana e a saúde do planeta.
Ao nutrir os pequenos, as mães semeiam um futuro onde a saúde individual e a do nosso lar terrestre florescem em harmonia.
A proteção infantil, impulsionada pelo aleitamento, ecoa como um ato de cuidado que transcende gerações. Em tempos de provação, como a pandemia, essa conexão íntima revela-se um farol de resiliência, iluminando o caminho para um amanhã onde o bem-estar e a sustentabilidade se entrelaçam.