A busca por um futuro mais verde tem nos levado a abraçar as energias renováveis com entusiasmo.
Mas será que estamos realmente conscientes do preço que estamos pagando por essa transição?
Será que a energia limpa que consumimos não está manchada por práticas questionáveis?
Colonialismo energético: uma nova forma de exploração?
A transição para energias renováveis exige a exploração de recursos naturais, como lítio, cobalto e terras raras, que são utilizados na fabricação de baterias, painéis solares e turbinas eólicas.
Mas onde esses recursos são encontrados?
Em muitos casos, em países em desenvolvimento, que já sofrem com a exploração de seus recursos naturais por empresas estrangeiras.
Será que estamos apenas trocando o colonialismo do petróleo pelo colonialismo das energias renováveis?
Não podemos nos iludir: a transição para energias renováveis não é uma solução mágica para todos os nossos problemas ambientais. Precisamos estar atentos aos impactos negativos que essa transição pode causar e buscar alternativas que sejam realmente justas e sustentáveis.
A ilusão da energia imaculada
Painéis solares brilhando sob o sol, turbinas eólicas girando em harmonia com o vento… A imagem da energia limpa é quase sempre associada à pureza e à sustentabilidade.
Mas será que essa imagem corresponde à realidade?
Será que estamos fechando os olhos para os impactos negativos que a produção de equipamentos para energias renováveis pode causar?
O artigo de Elaine Santos: uma reflexão necessária
Em seu artigo “Reflexões sobre o colonialismo energético“, Elaine Santos nos convida a repensar a forma como estamos conduzindo a transição para energias renováveis.
Mas quais são as principais questões levantadas por Elaine Santos?
Será que estamos dando a devida atenção às vozes dos países em desenvolvimento, que são os mais afetados pelos impactos da transição energética?
Condições de trabalho precárias: o preço humano da energia limpa

A produção de equipamentos para energias renováveis muitas vezes envolve condições de trabalho precárias, com salários baixos, jornadas exaustivas e falta de segurança.
Será que estamos dispostos a compactuar com essa exploração em nome da energia limpa?
A extração de recursos naturais para a produção de equipamentos para energias renováveis pode causar graves impactos ambientais, como a contaminação do solo e da água, o desmatamento e a perda de biodiversidade.
Será que estamos realmente reduzindo a nossa pegada ecológica ao optar por energias renováveis?
A revista de estética e semiótica: um espaço para a reflexão crítica
A Revista de Estética e Semiótica, da Universidade de Brasília, oferece um espaço para a reflexão crítica sobre temas como a arte, a cultura e a sociedade.
Será que precisamos de mais espaços como esse para questionar os dogmas da sustentabilidade?
O neocolonialismo energético: uma ameaça à soberania dos países em desenvolvimento
A transição para energias renováveis pode ser utilizada como uma ferramenta para o neocolonialismo energético, permitindo que os países ricos controlem os recursos naturais dos países em desenvolvimento e imponham suas políticas energéticas.
Será que estamos permitindo que a história se repita?
Precisamos repensar a forma como estamos conduzindo a transição para energias renováveis, buscando um modelo que seja justo, sustentável e democrático.
Um modelo que leve em conta os direitos dos povos indígenas e outras comunidades tradicionais, que promova a geração de empregos verdes e que reduza as desigualdades sociais.
O artigo de opinião do Oeco: um alerta para o futuro

O artigo de opinião publicado no Oeco nos alerta para os riscos do neocolonialismo energético e nos convida a construir uma transição verde que não repita a lógica extrativista.
Mas como podemos colocar esse alerta em prática?
Como consumidores, temos o poder de influenciar a forma como as empresas produzem e comercializam seus produtos.
Podemos optar por marcas que se preocupam com o meio ambiente e com os direitos dos trabalhadores, e podemos boicotar aquelas que praticam a exploração e a destruição.
O papel da sociedade civil: uma voz ativa na defesa do planeta
A sociedade civil tem um papel fundamental na defesa do planeta e na promoção de uma transição energética justa e sustentável.
Podemos nos organizar em movimentos sociais, participar de protestos e pressionar os governos e as empresas a adotarem políticas mais responsáveis.
O futuro da energia limpa depende da nossa capacidade de enxergar além da imagem da sustentabilidade e de questionar os impactos negativos que se escondem por trás da transição verde.
Precisamos de uma consciência mais clara sobre o preço que estamos pagando e de um compromisso mais forte com a justiça social e a preservação do meio ambiente.
Fontes
- The Tricontinental: https://thetricontinental.org/pt-pt/cartas-semanais/