A produção de alimentos transgênicos no Brasil tem sido uma prática comum desde a introdução desses organismos geneticamente modificados (OGMs) no país.
Embora os transgênicos aumentem a produção de alimentos e ofereçam resistência a pragas e condições climáticas adversas, eles também apresentam riscos significativos ao meio ambiente e à biodiversidade.
A contaminação cruzada de culturas não transgênicas por pólen de plantas transgênicas é um problema significativo, especialmente em regiões onde a distância entre lavouras não é suficiente para evitar a polinização cruzada. Isso pode levar à erosão genética e ao silenciamento de características únicas de variedades tradicionais, comprometendo a biodiversidade e a soberania alimentar.
O que são alimentos transgênicos?
Os alimentos transgênicos são criados por meio da engenharia genética, que envolve a inserção de genes de uma espécie em outra para conferir características desejadas, como maior resistência a pragas ou tolerância a condições climáticas adversas.
No Brasil, a soja e o milho são os principais cultivos transgênicos, com mais de 95% da produção de soja e cerca de 88% da produção de milho sendo geneticamente modificada.
A produção de transgênicos em larga escala no Brasil está intimamente ligada ao uso de agrotóxicos, o que pode levar à contaminação do solo, água e alimentos.
Além disso, a falta de estudos de impacto ambiental adequados para a liberação de transgênicos é um problema crítico.
A CTNBio tem o poder de decidir sobre a necessidade de licenças ambientais. Segundo o Diplomatique, essa autorização muitas vezes é concedida sem a realização de estudos rigorosos, o que viola o Protocolo de Cartagena e a Constituição brasileira.
A criação de um alimento geneticamente modificado envolve várias etapas:
- Identificação do gene de interesse : Os cientistas selecionam um gene específico que confere uma característica desejada (exemplo: resistência a correta).
- Isolamento e alteração do gene : O gene é extraído do DNA do organismo doador e pode ser modificado para melhorar sua eficácia.
- Transferência para o organismo receptor : O gene foi inserido no DNA da planta ou animal utilizando técnicas como: Biobalística e Vetores biológicos.
- Regeneração e testículos: As células modificadas são cultivadas em laboratório até formar uma planta completa. Depois, são testados para verificar se a alteração foi bem-sucedida e segura.
- Avaliação de segurança e liberação comercial: O alimento passa por testes rigorosos antes de ser aprovado para consumo.
No Brasil, essa aprovação é feita pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) .
Anota aí: 20 alimentos que podem conter ingredientes transgênicos
1. Soja
2. Milho
3. Algodão
4. Canola
5. Sorgo
6. Trigo (em alguns casos)
7. Batata
8. Tomate
9. Pepino
10. Abobrinha
11. Cenoura
12. Beterraba
13. Salsichas
14. Bolachas
15. Biscoitos
16. Salgadinhos
17. Óleos vegetais
18. Farinhas
19. Cereais matinais
20. Produtos ultraprocessados em geral
Saiba como identificar alimentos transgênicos no supermercado

No Brasil, os alimentos que contêm ingredientes transgênicos devem ser rotulados com um triângulo amarelo contendo um “T” para facilitar a identificação.
Essa rotulagem é obrigatória e permite que os consumidores tomem decisões informadas sobre o que estão comprando.
Geralmente acompanhado da frase: “Contém organismos geneticamente modificados”
Este selo é obrigatório por lei e facilita a identificação rápida dos produtos transgênicos.
Alguns produtos não são visíveis, mas a presença de transgênicos pode ser indicada na lista de ingredientes.
Palavras-chave que indicam ingredientes transgênicos:
- Soja, milho, algodão e seus derivados (exemplo: óleo de soja, amido de milho, lecitina de soja)
- Canola, encontrada em óleos e margarinas
- Derivados de milho, como xarope de milho, fubá e farinha de milho
- Alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, bolachas recheadas, refrigerantes e cereais matinais
Anota aí: 20 alimentos que podem conter ingredientes transgênicos
1. Soja
2. Milho
3. Algodão
4. Canola
5. Sorgo
6. Trigo (em alguns casos)
7. Batata
8. Tomate
9. Pepino
10. Abobrinha
11. Cenoura
12. Beterraba
13. Salsichas
14. Bolachas
15. Biscoitos
16. Salgadinhos
17. Óleos vegetais
18. Farinhas
19. Cereais matinais
20. Produtos ultraprocessados em geral
Entenda os riscos dos alimentos transgênicos para a saúde
Os transgênicos podem apresentar riscos à saúde humana, como o aumento de alergias devido à introdução de novos genes nos alimentos.
Além disso, a resistência a antibióticos é uma preocupação, pois alguns transgênicos são desenvolvidos com genes de bactérias resistentes a antibióticos.
A toxicidade de substâncias inseridas em plantas transgênicas também é um risco, pois essas substâncias podem ser menos avaliadas em termos de segurança do que outros aditivos alimentares.
Existe riscos ambientais dos alimentos transgênicos?
A resposta é sim. A produção de transgênicos está frequentemente associada ao uso intensivo de agrotóxicos, o que pode contaminar solo, água e alimentos.
Além disso, a contaminação cruzada de culturas não transgênicas é um problema significativo.
Como a família pode ajudar o meio ambiente evitando o consumo de alimentos transgênicos
Para contribuir com a preservação do meio ambiente, as famílias podem adotar algumas práticas simples:
- Escolha alimentos orgânicos: Alimentos orgânicos são produzidos sem o uso de pesticidas e fertilizantes químicos, o que os torna mais saudáveis e sustentáveis.
- Verifique os rótulos: Sempre que possível, verifique se o alimento contém o símbolo de transgênico no rótulo. Isso ajuda a evitar o consumo acidental de alimentos geneticamente modificados.
- Prefira produtos locais e de pequenos agricultores: Muitos pequenos agricultores optam por métodos tradicionais e orgânicos, o que pode reduzir a exposição a transgênicos e agrotóxicos.
- Reduza o consumo de alimentos processados: Produtos processados frequentemente contêm ingredientes transgênicos, como óleos vegetais e farinhas. Reduzir o consumo desses alimentos pode ajudar a minimizar a exposição a transgênicos.
Embora os transgênicos ofereçam benefícios em termos de produtividade, seus impactos ambientais e à saúde humana não podem ser ignorados.
É fundamental que sejam realizados estudos rigorosos sobre os riscos associados a esses organismos e que sejam implementadas políticas para minimizar seus efeitos negativos.
A transparência e a participação social são essenciais para garantir que a produção de transgênicos seja feita de maneira responsável e segura.